Férias curtindo as belezas naturais de Costas do Dendê e do Cacau

byJFParanaguá

Pintura em aerografia do artista visual ilheense Fogestreatart, retratando locais públicos da cidade de Ilhéus

Essa viagem ficou na história por ocasião de minhas férias coincidindo com as das meninas! Mais uma incluída em nosso portfólio de viagens! Foram 10 dias maravilhosos (4 a 14.2.2016), na companhia da família, além de mãezinha Bida, meu cunhado Otaviano e a mulher Maria do Socorro, desfrutando as belezas naturais de Costas do Dendê e do Cacau. Como é de costume em minhas viagens, publicarei as intervenções artísticas garimpadas por onde estive.

byJFParanaguá

Bombs em vagão estacionado na antiga estação ferroviária, Cachoeira/Recôncavo baiano

No dia 4, a bordo de dois veículos, partimos de Salvador com destino a cidade de Nazaré, passando por Santo Amaro, Cachoeira, São Felix e Cabaceiras do Paraguaçu, região do Recôncavo baiano. Em Cachoeira fomos surpreendidos com a movimentação de figurantes nos pontos de locações de cenas da novela “Velho Chico“ da Rede Globo

byJFParanaguá

Sets de filmagens da novela “Velho Chico” no cais e….

byJFParanaguá

…na embarcação ancorada no Rio Paraguaçu, em Cachoeira.

Cruzamos a Ponte D. Pedro II, que interliga as cidades ribeirinhas Cachoeira a São Félix e seguimos pela Rodovia BA-420, passando pelo entroncamento de Maragogipe, Cabaceiras do Paraguaçu -na época, o trecho estava intransitável, com muitos buracos- até o entroncamento com a Rodovia BA-001.

Seguimos pela Rodovia BA-001 até o município de Nazaré. Uma curiosidade da região é a produção da mandioca (considerada até hoje uma das melhores do Brasil), além da copioba, uma farinha muito fina que deu origem ao codinome da cidade “Nazaré das Farinhas”. Ao entrar na cidade paramos no Armazém 43, um antiquário, para conhecer e comprar algumas coisas antigas para nossa coleção.

byJFParanaguá

Igreja Nossa Senhora Santíssima de Nazareth, construída em 1649

byJFParanaguá

Antiga estação ferroviária

byJFParanaguá

Locomotiva Maria Fumaça exposta na área do prédio

Circulamos pelo centro, visitamos a antiga estação ferroviária, um prédio histórico que, a exemplos de outros equipamentos, necessitam de maior atenção das autoridades. Atualmente funciona um centro cultural.

byJFParanaguá

Vista panorâmica parcial do rio Jaguaripe

Decidimos almoçar antes de seguir viagem. Saboreamos um delicioso churrasco, tipo comida caseira. A escolha do local foi estratégica: uma barraca na Avenida Fábio, às margens do rio Jaguaripe que corta a cidade.

byJFParanaguá

Placa indica sentido de Valença

Passando pelo município de Aratuípe aproveitamos para visitar a localidade de Maragogipinho. É dessa comunidade que saem as principais e belíssimas peças de cerâmica que mantêm a tradição da secular Feira de Caxixi da cidade que acontece a partir da Quinta-feira Santa.

byJFParanaguá

Artesão em seu ateliê com variadas cerâmicas

Do entroncamento de Maragogipinho continuamos a viagem em direção a Valença acessando a Rodovia BA-001 -via litorânea/Costa do Dendê e Costa do Cacau- que inicia no Terminal de Bom Despacho, ilha de Itaparica até Canavieiras, extremo sul do estado. Bastante seguro trafegar com rapidez de carro entre estes dois polos turísticos graças a construção desta rodovia.

byJFParanaguá

Intervenção artística em equipamento público, centro

Em Valença ficamos hospedado por três dias em um hotel no centro, reservado pela Booking, bem próximo ao Terminal Hidroviário de embarque para destinos Morro de São Paulo, Cairu, Boipeba e outros locais.

byJFParanaguá

Vista panorâmica do rio Una; pontes interligam bairros da cidade

Dia 5. Após o café bem surtido, seguimos todos para Guaibim, distrito de Valença. Fizemos um giro pelo comércio visitando lojas com souvenirs do local.

byJFParanaguá

Esculturas dos artistas André Alves e Gredson Alves

byJFParanaguá

Escultura no cajueiro com inscrição “Guaibim”, na Avenida Beira Mar

Escolhemos almoçar no Restaurante Kiosk Jivanete. Uma delícia os petiscos e as refeições. Bom atendimento e uma vista maravilhosa da praia.

byJFParanaguá

Vista parcial da praia de Guaibim

Chamou a atenção a placa afixada em cada quiosque homenageando escritores e escritoras do município. Em 2018 o Guia Garfo de Ouro (São Paulo) elegeu o restaurante como um dos melhores da cidade.

byJFParanaguá

Terminal Hidroviário de Valença

Dia 6. Na manhã seguinte, fomos ao Terminal Hidroviário, as margens do rio Una. De posse dos bilhetes para Boipeba (o nome vem de origem tupi “mboi pewa”, em referência a tartaruga marinha), às 9 horas embarcamos em uma escuna com vários turistas navegando pelo rio até um braço do Oceano Atlântico em direção ao nosso destino.

byJFParanaguá

Atracradouro na praia de Boipeba

byJFParanaguá

Vista parcial da praia de Boipeba

Boipeba faz parte de uma das ilhas inseridas no Arquipélago de Cairu, sede do município, um dos mais antigos do Brasil. A viagem durou cerca de 40 minutos. Já em terra, escolhemos ficar numa barraca próximo ao cais, a fim de evitar qualquer contratempo no retorno.

byJFParanaguá

Sol, petiscos, cerveja gelada e muita descontração na barraca a beira mar

Desfrutamos bons momentos no sombreiro à beira mar, degustando tira-gostos e um saboroso almoço de frutos do mar, acompanhado de cerveja bem gelada e refrigerantes. Juntou-se a nós meu primo Jean, esposa e filha que encontramos por lá. Por sinal, ele e meu cunhado são parceiros de negócios e grandes amigos.

byJFParanaguá

Lugar tranquilo para banho de mar

O dia ensolarado e o mar convidativo, aproveitei para tomar banho com minha mulher e as meninas. Que maravilha! Depois fiz um giro pela redondeza observando o lugar que é encantador e muito pacato.

byJFParanaguá

Vista parcial de outro ponto da praia

Ás 17 horas retornamos para Valença. A permanência foi curta. O local é tão agradável que decidimos retornar outra vez. Quando, não sei! Por enquanto, só a lembrança da rápida visita.

Dia 7. Destino cidade de Camamu. No percurso visitamos as cidades de Taperoá,

byJFParanaguá

Placa indica local de limite entre os municípios de Valença e Taperoá

byJFParanaguá

Escadaria da secular paróquia de São Brás; lavagens são realizadas em períodos festivos

byJFParanaguá

Monumento na praça central com prédios históricos no entorno

inclusive estivemos na cachoeira do Paripe,

byJFParanaguá

Cachoeira de Paripe: local agradável para pique-nique

Nilo Peçanha, com uma parada para almoçar no Bar Balneário, existente à beira da rodovia

byJFParanaguá

Bar Balneário: população local curte muito o local; minhas filhas no destaque

 e Ituberá (nome de origem de uma aldeia de índios que chegaram na região no século XVIII.

byJFParanaguá

Grafites assinados por artistas visitantes

byJFParanaguá

Placa indica sentido da igreja…

byJFParanaguá

…Santo André, localizado no ponto alto da cidade

A cidade de Ituberá é conhecida por ser a “Capital das Águas” do Baixo Sul, devido a sua abundância hídrica e suas belíssimas cachoeiras, sendo Pancada Grande a mais visitada, onde fizemos uma parada. A cachoeira fica na Reserva Particular da Michelin Ouro Verde Bahia.

byJFParanaguá

Cachoeira de Pancada Grande: passarela permite visitantes desfrutarem o belo visual da queda d’água

O visual do local é um espetáculo à parte atraindo um grande número de visitantes. Depois retornamos a rodovia a caminho de Camamu, mas antes passamos pelo município de Igrapiúna (Pequeno rio de águas escuras, denominada pelos índios tupiniquins), desmembrado de Camamu através da Lei Estadual de 24.2.1989.

Boas lembranças desse acontecimento, na época, com a manifestação de carinho que recebi pela modesta contribuição ao ex-colega da Embasa Waldir e a participação ativa de Fenelon Ramos Pinto para que o processo de emancipação fosse concretizado.

Dia 8. A estadia em Camamu durou três dias. Como a reserva pela Booking não deu certo, fizemos direto com o hotel, localizado em frente ao porto de embarque/desembarque. Durante o check in acertamos o passeio de escuna pela Baía de Camamu (a terceira maior do Brasil), organizado pelo hotel.

byJFParanaguá

Atracadouro (pier flutuante) para embarque no Cais de Camamu

byJFParanaguá

(E) Proa da escuna Flor das Candeias e o visão parcial da baía de Camamu

byJFParanaguá

Vista da composição topográfica da cidade de Camamu

Apesar do roteiro das praias e dos locais bucólicos em que desembarcamos,

byOtavianoBritto

À direita, este blogueiro (centro) com minhas filhas em uma das praias do roteiro

byJFParanaguá

Visual lindo de outra praia do roteiro

o passeio não atendeu nossas expectativas. Houve problemas na reserva do restaurante, além do susto com a parada da embarcação em alto mar, provocado pela entrada de areia na tubulação. Em vista disso, decidimos no retorno, contratar um barco e curtir só com a família os mesmos lugares e outros pontos turísticos.

Dia 9. Depois do café, seguimos para o píer de embarque. A bordo do barco “Elizeu”, sob o comando do mestre Elizeu e seu filho, fizemos um passeio inesquecível pela baía de Camamu, revisitando os pontos turísticos, principalmente a ilha do Goió.

byOtavianoBritto

Este blogueiro posa ao lado do barco Elizeu…

byOtavianoBritto

…e com o mestre Eliseu (de boné) e seu filho

byJFParanaguá

Otaviano, Iamani (blusa amarela) e Irani se divertem no banho de mar

byJFParanaguá

Banhistas não tiveram acesso a ilha do Goió por ser propriedade privada

O lugar trouxe maravilhosas recordações para mim e minha mulher. Ficamos satisfeitos com os pratos servidos e a presteza dos garçons do Restaurante São Jorge.

byOtavianoBritto

Este blogueiro com as filhas na passarela do restaurante

byJFParanaguá

Restaurante São Jorge: cardápio e atendimento excelente

O certo é que nos divertimos bastante com a decisão que tomamos. Apesar de acontecer também uma parada por conta de defeito no motor da embarcação, corrigido logo, valeu muito, muito à pena.

byJFParanaguá

Turistas e visitantes se encantam com pôr do sol visto durante o retorno do passeio

O belíssimo pôr do sol visto do mar foi o gran final do passeio! À noite, saímos para jantar. Optamos por uma pizzaria na parte alta da cidade.

Dia 10. Na saída para Ilhéus, meu cunhado e a mulher não acompanharam o grupo. Retornaram a Salvador por motivos de compromissos. A nossa pretensão era de chegarmos no início da tarde em Ilhéus.

byJFParanaguá

Placa indica sentido e distância para Itacaré

Entretanto alteramos o roteiro com a ida até Itacaré, cidade localizada no litoral baiano, em uma faixa de litoral conhecida como a Costa do Cacau.

byJFParanaguá

Via principal da cidade: Pintura do grupo One United Power formado por quatro jovens de Berlim (Alemanha)

O tempo limitado não permitiu conhecermos bem o badalado local. Circulamos pela via principal

byJFParanaguá

Paróquia de São Miguel

e uma área mais reservada da praia

byJFParanaguá

Visual bucólico do local

Itacaré é um dos principais centros turísticos dessa parte do litoral. Mas deu tempo de uma parada em um dos inúmeros restaurantes e degustar um camarão pistola empanado com tapioca. Uma delícia!

De volta a rodovia BA-001, uns 30Km aproximadamente no sentido de Ilhéus, percebemos vários carros estacionados à esquerda da via.

A curiosidade nos levou a parar no mesmo lugar. Mais adiante vimos um grupo de pessoas em um mirante de Serra Grande, um dos cartões postais da BA-001.

byIamaniParanaguá

Mirante de Serra Grande: parada obrigatória para foto

A vista panorâmica é de tirar o fôlego da praia Pé da Serra de Serra Grande I

byJFParanaguá

Personagem do artista visual ilheense @fogestretart, próximo a ponte para o bairro de Pontal

.No final da tarde, chegamos na Pousada Rio Mar, bairro de Pontal, cidade de Ilhéus. A reserva também foi pelo Booking. Permanecemos na pousada até o dia 14, data prevista de retorno para Salvador.

byJFParanaguá

Vista panorâmica da faixa de mar em Pontal e do bairro de Ilhéus

Do dia 11 ao dia 14, cumprimos toda a programação planejada.  Fomos ao  “Palácio Paranaguá”, a Catedral São Jorge dos Ilhéus, símbolo da cidade.

Palácio Paranaguá: o majestoso prédio histórico transformado em museu

byJFParanaguá

Catedral São Jorge dos Ilhéus em estilo considerado eclético, ponto de atração turística dos mais importantes da cidade

Estivemos no Bataclan, casarão histórico que remete à literatura e época áurea do cacau na cidade,

byJFParanaguá

O espaço abriga bar e restaurante, além de um mini museu em meio aos cenários do velho bordel.

Monumento Cristo Redentor, na Orla da cidade.  uma réplica em menor proporção da estátua do Cristo Redentor do Rio de Janeiro..

byJFParanaguá

Escultura do Cristo Redentor, inaugurada em 1942

Jantamos no Vesúvio Restaurante, famoso por ser importante cenário no livro Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado.

byJFParanaguá

Bar Vesúvio: conhecido por fazer parte da obra do escritor Jorge Amado, “Gabriela, Cravo e Canela”, novela da Globo

Também estivemos na cidade de Itabuna para realizar compras.

byJFParanaguáNo retorno, fizemos uma parada no antiquário São Francisco de Assis, existente às margens da rodovia Ilhéus/Itabuna, onde adquirimos peças antigas.

byJFParanaguá

Fachada da Cabana Gabriela

No programa constou a ida a Cabana Gabriela, local muito frequentado pelos ilheenses e turistas. Opções variadas no cardápio, além do bom atendimento;

byJFParanaguá

Páróquia Nossa Senhora da Escada

Parque Áquático Tororomba, distrito de Olivença. O balneário é histórico e sua corrente de água é formada pelo encontro dos ribeirões do Frade e Tororomba e; em uma praia ao norte do município de Una.

byJFParanaguá

Parque aquático é muito frequentado pelos ilheenses e turistas

O ambiente é tranquilo.

byJFParanaguá

Vista da beleza natural dessa praia

Mas para chegarmos até as barracas na praia foi necessário sermos transportados em um barco pequeno conduzido por uma mulher.

Dia da partida. Malas prontas. Check out realizado. Após o café, pé na estrada de volta a Salvador. A ideia era fazer o percurso pela Rodovia BR-101, via Uruçuca, Ubaitaba até Santo António de Jesus, saindo em Nazaré pela Rodovia BA-496. Mas consideramos prudente viajar pela Rodovia BA-001 por ser mais segura e pouco tráfego pesado.

Na parada em Ituberá, decidimos ir à cidade de Cairu, 18Km até o entroncamento mais 11Km até o centro, totalizando 29Km. Não sei atualmente, porém trafegar pela via até o centro foi um transtorno. Vários trechos em barro e asfalto danificados. O mais engraçado era a placa com os dizeres: “Trecho em obras”. Em todo trajeto não vi trabalhadores nem máquinas.

byJFParanaguá

Convento e Igreja de Santo Antînio: tombado pelo IPHAN em 1941

Cairu é uma cidade com ruas estreitas e ladeiras. Possui um dos exemplares pioneiros da arquitetura barroca no país: o Convento e Igreja de Santo Antônio, A fachada da igreja é uma obra-prima, sendo considerada a primeira manifestação do barroco arquitetônico no Brasil.. A construção remete ao século XVII e foi recentemente alvo de um projeto de reforma e restauro pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Ao chegarmos em Nazaré, decidimos pegar o ferry-boat, evitando o percurso de mais de 100Kms de estrada. De lá, seguimos pela Rodovia BA-001 até o Terminal de Bom Despacho, na ilha de Itaparica. No final da tarde desembarcamos no Terminal Água de Meninos, em Salvador.

byJFParanaguá

Croqui do roteiro da viagem, trecho de ida e volta pela Rodovia BA-001

(Fotos: byJFParanaguá, Iamani e IraniParanaguá. Direitos reservados. Denuncie abusos).

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *