Buenos Aires (AR) & Colônia do Sacramento (UY): turismo e grafites

byJFParanaguá

Intervenção de artista em calçadão no Centro de Buenos Aires, Argentina e…

byJFParanaguá

…bombs numa antiga estação ferroviária na cidade de Colônia do Sacramento, Uruguai

Madrugada de 17 de março deste ano, dia da tão esperada viagem deste blogueiro e sua doce mulher Shirley, na companhia dos amigos Robson, Arthur, Dalva e Aparecida, carinhosamente chamada de Cida, com destino a cidade de Buenos Aires, na Argentina.

byJFParanaguá

Check in no guichê da Viação Azul, Aeroporto Internacional Deputado Luis Eduardo, em Salvador

 

 

byJFParanaguá

Foram oito dias, tudo previamente organizado pela CVC Salvador: o voo pela Viação Azul e a hospedagem no Tucumán Palace Hotel, Região do Microcentro.

Após 10 anos retorno à Buenos Aires, mas, desta vez, na vibe de visitar outros pontos turísticos.

byRobson França

byJFParanaguá

Em solo argentino: no táxi a caminho do hotel

Primeiro dia (17, domingo) O percurso aéreo transcorreu sem problemas até o aeroporto de Confins, Minas Gerais. O chato foi a espera de quatro horas para o embarque, porém superadas com jogos e conversas para passar o tempo. No final da manhã desembarcamos no Aeroporto Internacional Ministro Pistarini, mais comumente conhecido por Aeroporto Internacional de Ezeiza. Cumprido o rito de verificação de bagagens e apresentação dos passaportes no controle da Alfândega, seguimos em dois de táxis até o hotel localizado no Centro.

Durante o check in rolou um clima desagradável com o pessoal da recepção do hotel. Os apartamentos liberados estavam sujos, desarrumados e com vazamentos no banheiro.  Tivemos que recorrer a CVC de Salvador e local para resolver os problemas das acomodações.

Depois dos perrengues, o grupo em consenso decidiu visitar a Feira de San Telmo que acontece aos domingos, sendo considerado um dos passeios mais procurados pelos turistas atraindo os apaixonados por história, antiguidades, artesanatos e bugigangas.

byJFParanaguá

Diferentes temáticas de grafites são vistos em portas…

byShirley Paranaguá

…de lojas comerciais nas vias centrais da cidade

byJFParanaguá

Mafalda, celebridade dos quadrinhos argentinos, nos traços do grafiteiro Diosq!

Decidimos ir a pé do hotel à Plaza de Mayo. Até chegar ao destino garimpei alguns grafites, muitos deles pintados em portas de estabelecimentos comerciais e várias pichações em prédios públicos.

byJFParanaguá

byJFParanaguá

byJFParanaguá

Obelisco: marco referencial de Buenos Aires

byJFParanaguá

byJFParanaguá

De lá seguimos pela Rua da Defensa, que ainda preserva seus casarões históricos e ruas de paralelepípedos até os dias atuais. O visual da extensão da feira é algo impressionante.

Centenas de pessoas circulam entre barracas de um lado e do outro da via, vendendo diferentes produtos, a exemplo de antiguidades, curiosidades, souvenirs, pinturas, retratos, pulseiras, artes, artesanatos, livros, etc. Além de muitos antiquários e lojas de roupas. É tentador! Com tanta variedade, não há como resistir e comprar alguma coisa.

byJFParanaguá

Manifestações durante a realização da feira

No Paseo La Historieta, esquina das ruas Chile e Defensa, paramos onde fica uma das atrações do bairro San Telmo: a estátua de Mafalda. A celebridade dos quadrinhos argentinos bem disputada pelos fãs loucos por uma foto sentada ao lado dela e de outros personagens.

Por ser a feira um local muito movimentado, os hermanos aproveitam para realizar manifestações políticas, com vários cartazes.

Divulgação

Cansados de caminhar, nada mais justo do que fazer um pit-stop em um dos barzinhos existentes no local, saboreando a cerveja Patagônia, cor escura bem gelada com deliciosos petiscos.

byJFParanaguá

Café da manhã com poucas opções

Segundo dia (18, segunda-feira). Após o café, com poucas opções, embarcamos no ônibus da CVC para o tour pela cidade, passando pela Plaza de Mayo, onde estão a Casa Rosada, a Catedral Metropolitana, outros prédios e museus importantes da cidade.

byJFParanaguá

Na parada em frente ao prédio da Faculdade na Plaza de las Naciones Unidas, entre a Avenida Figueroa Alcorta e Austria, no bairro Recoleta, seguimos em direção a escultura metálica Floralis Generica, uma flor de aço que se fecha durante a noite e abre quando o dia chega, presenteada à cidade pelo arquiteto argentino Eduardo Catalano.

byJFParanaguá

De volta ao ônibus, um acidente com um dos nossos amigos causado por uma placa de ferro no passeio mudou a nossa programação. Fomos o mais rápido possível para emergência de um hospital público, que prestou um excelente atendimento desde a recepção até a equipe médica.

Passado o susto, decidimos retornar ao hotel e reprogramar com o guia turísmo da CVC local novo city-tour, além de definir dias e horários dos shows de tango, os passeios às cidades de Tigre (AR) e Colônia do Sacramento, no Uruguai.

byJFParanaguá

Depois, seguimos de Uber até Calle Florida, onde fica o Shopping Galeria Pacífico, o mais famoso da capital argentina.  Um prédio antigo que um dia já foi uma galeria de arte, e por isso seu interior é todo decorado. Hoje ele ocupa um quarteirão e abriga diversas lojas de marcas famosas, de câmbio – em uma delas tocamos reais por pesos argentino -, de vinhos, dentre outros.

Saímos do shopping com o propósito de tomar uma gelada, mas ligados no que estava à nossa volta: belas construções antigas, igrejas, monumentos e, também um artista pintando o rosto de uma pessoa no chão de um calçadão muito movimentado de pessoas.

byRobson França

byRobson França

Consegui bater um papo e fotografar ele fazendo a intervenção.  No início da noite, retornamos a Rua da Defensa para conhecer o restaurante bastante frequentado por turistas e degustar o “bife de chorizo”, um dos pratos bem tradicionais da culinária portenha. Valeu a pena a recomendação!

Terceiro dia (19, terça-feira). Às 8 horas, acompanhamos a pé o guia da CVC por uns 50 metros até o local onde o ônibus aguardava outros passageiros. O roteiro foi o mesmo do dia anterior. Optamos por não saltar na parada da escultura metálica Floralis Generica. De lá seguimos até Caminito, cruzando por igrejas, monumentos e estabelecimentos comerciais com belíssimas pinturas nas fachadas.

byJFParanaguá

Pintura do grafiteiro Diosq! em Caminito

Em Caminito, atração turística mais visitada de Buenos Aires, percorremos uma rua de casinhas coloridas no bairro La Boca, que se encontram ao longo de duas ruas onde estão instalados vários restaurantes, cafés, lojas de artesanato, souvenirs e barracas vendendo sanduiches de linguiça, aliás, muito consumido pelos turistas.

byJFParanaguá

Painel grafitado em galeria de artesanatos

Não fomos ao estádio do Boca Juniors. O maior incômodo em Caminito são as abordagens para tirar fotos com pessoas vestidas com trajes de dançarinos de tango.

Divulgação

No início da tarde, o ônibus nos deixou no Centro, próximo a um calçadão, onde paramos para almoçar e fazer um brinde ao meu niver.

Depois, conforme já programado com o grupo, estive na biblioteca da Faculdade de Belas Artes da Universidade Nacional Argentina para fazer a doação de dois exemplares do livro de minha autoria “A Arte na Rua – Resgate de Intervenções Artísticas Urbanas de Salvador”. Apesar de ter chegado no horário do encerramento, foi possível fazer a entrega graças a gentileza de uma funcionária da biblioteca.

Às 19 horas, o micro-ônibus da CVC nos pegou no hotel com destino ao Esquina Homero Manzi Tango Show, localizado na Avenida San Juan, CABA (Cidade Autônoma de Buenos Aires). Por sinal, um lugar que se destaca pela arquitetura do edifício, pela decoração clássica, além da excelente organização. Cumprido o ritual da entrada, um garçom conduziu-nos até a mesa reservada para o grupo.

Divulgação

byJFParanaguá

O show de tango iniciou após o jantar. Sendo assim foi possível saborear tranquilamente pratos saborosos, como por exemplo o tradicional “bife de chorizo”, entre outros opções e degustar os petiscos que acompanham a garrafa de vinho tinto.

byJFParanaguá

byJFParanaguá

No palco, durante duas horas de belíssima apresentação, músicos, bailarinos, cenários, figurinos, iluminação e todo o ambiente colaboram para fazer o público sentir-se de volta ao passado.

No retorno para o hotel, programamos para o dia seguinte conhecer o Jardim Japonês e o Rosedal.

Quarto dia (20, quarta-feira). Fomos de Uber ao Jardim Japonês que fica dentro do Parque 3 de Fevereiro, na esquina da Avenida Figueroa Alcorta com Avenida Casares, bairro de Palermo. O acesso é pago, mas vale a pena! É um local muito agradável e bem cuidado.

byJFParanaguá

byJFParanaguá

byJFParanaguá

O Jardim Japonês foi construído em 1967 com ajuda da comunidade japonesa de Buenos Aires para a visita do príncipe Akihito e da princesa Michiko. Durante o percurso, vimos uma variedade de árvores e plantas típicas do Japão, pontes, carpas, pequenas cachoeiras e vários pássaros.

Divulgação

Para relaxar, uma parada no elegante restaurante, que dispõe de uma área na parte superior com exposições de artes japonesas. A turma foi de comida japonesa. Optei por um delicioso prato de bacalhau. O momento foi comemorado com um excelente vinho branco.

byJFParanaguá

byJFParanaguá

De lá seguimos a pé até o Rosedal de Buenos Aires, declarado Patrimônio Histórico Nacional em 2011. O jardim do parque tem um belo colorido com variadas espécies de roseiras.

O local conta com um lago, atravessado por uma ponte de madeira, uma fonte central, além de bustos de figuras famosas, como Dante Alghieri, William Shakespeare, Frederico Garcia Lorca, dentre outros célebres escritores e poetas.

byRobson França

Às 19 horas, no transfer da CVC, fomos para Puerto Madero, o bairro mais moderno de Buenos Aires, onde está localizado o Madero Tango, na Avenida Alicia Moreau de Justo, CABA, com uma vista incomparável do Rio de la Plata e da cidade. Enfrentamos uma fila imensa para entrar, mas compensado pelo lugar aconchegante. O ambiente tem quatro tipos de espaços: plateia, onde ficamos, executivo, VIP e premium.

byJFParanaguá

byJFParanaguá

No jantar, servido antes do show, degustamos a entrada, prato principal e sobremesa. As bebidas, água e vinho, foram livres. Aproveitamos o momento para celebrar o aniversário do nosso amigo Arthur. O show de tango é muito diferente do Homero. O espetáculo percorre os primeiros lugares do tango, passando por sua evolução e chegando até os dias atuais.

byJFParanaguá

Quinto dia (21, quinta-feira). Após o café sem muitas opções, partimos no buzu da CVC para Tigre, localizado no Delta do Rio Paraná, o quinto maior do mundo e destino preferido dos hermanos nos finais de semana. A beleza da cidade é tão grande que alguns portenhos costumam chamá-la de Veneza da Argentina. Se a comparação merece ser considerada, isso já não cabe a nós, mas que o destino é realmente um charme só, não podemos negar.

byJFParanaguáO passeio de barco é uma das opções. Por sinal muito agradável. Enquanto alguns passageiros preferem ficar no convés outros se acomodam no interior da embarcação admirando a paisagem, o tráfego das embarcações e as belíssimas construções ao longo das margens do rio. De volta ao terminal, optamos por permanecer mais um tempo na cidade, enquanto o restante do grupo preferiu retornar a Buenos Aires.

byJFParanaguá

byJFParanaguá

Depois de circular por várias ruas, fotografar grafites, retornamos a área do terminal marítimo. Visitamos lojas de artesanatos, o mercado, além de saborear um enorme sandwiche recheado de salame com queijo, especialidade do estabelecimento. O tempo curto não permitiu conhecer o Parque de la Costa, o Museu de Arte, entre outros pontos.

No final da tarde, na estação Tigre, embarcamos no trem até a estação de Bartolomé Mitre, em Maipu. Depois seguimos de Metrô até um determinado ponto, onde pegamos um Uber para retornar ao hotel.

Sexto dia (22, sexta-feira). Reservamos para conhecer Colônia de Sacramento no Uruguai, um passeio bate volta. Às sete horas da manhã seguimos no ônibus da CVC a caminho do Terminal Fluvio-Marítimo Norte, localizado em Puerto Madeiro.

byJFParanaguá

Cumprido os procedimentos legais, embarcarmos na balsa (buquebus) cruzando o Rio da Prata em direção a cidade de Colônia do Sacramento. Em aproximadamente uma hora de navegação, pisamos em solo uruguaio.

Após a liberação pela imigração, seguimos um ônibus de turismo até o centro da cidade. Daí em diante o percurso foi a pé conhecendo pontos históricos da cidade.

Colônia de Sacramento é uma pequena cidade muito charmosa e declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1995. Com um histórico de colonização portuguesa, ela tem um quê de diferente das cidades vizinhas de colonização espanhola. O acesso pela “Puerta del Campo” é uma parada obrigatória onde se pode obter belas fotos. A ponte, o fosso, a porta, seus pilares e muralhas abrigam um notável centro de interesse histórico.

byJFParanaguá

byJFParanaguá

byJFParanaguá

A “Calle de los Suspiros” – rua mais antiga da parte histórica ainda conserva as pedras de seu pavimento original – e que você tem que passar por ela -, a Casa do Vice-Rei, a Igreja Matriz, o Museu Naútico e a Porta da Cidadela, são apenas algumas das belezas arquitetônicas que possui esta particular região de Colônia do Sacramento.

byJFParanaguá

byShirley Paranaguá

Depois desse percurso, fizemos um tour em um micro-ônibus turístico por outra parte da cidade. No retorno, como já era próximo ao almoço, escolhemos o Restaurante Mesón de la Plaza que é uma excelente opção de restaurante, localizado em frente à Praça Manuel Lobo (o fundador da cidade).

Divulgação

Final da tarde pegamos a embarcação de volta para Buenos Aires. Do terminal marítimo seguimos de taxi para o hotel.

Sétimo dia (23, sábado). Penúltimo dia em Buenos Aires. A programação nesse dia foi de compras. Através da dica de um argentino bem comunicativo motorista de taxi que o grupo conheceu, na companhia de outro amigo taxista, levou-nos a alguns locais de vendas de roupas de marcas e de produtos alimentícios de qualidade e preços acessíveis.

byJFParanaguá

Divulgação

Pela tarde, retornamos ao restaurante na Rua Defensa. Escolhemos esse local para comemorarmos os momentos maravilhosos da viagem, por conta da excelente recepção, pratos e petiscos saborosos, além da cerveja Artois bem gelada. Foi demais! Mesmo cansados, a turma decidiu ir a pé até o hotel, curtindo o clima ieInternacional de Ezeiza.

byJFParanaguá

byJFParanaguá

byJFParanaguá

Embarcamos em voo da Azul às 12h15min para o aeroporto de Congonhas em Campinas, onde permanecemos aproximadamente seis horas. Às duas horas do dia 25 (segunda-feira) desembarcamos no Aeroporto Internacional Deputado Luis Eduardo, em Salvador. Até a próxima viagem!

(Fotos: byJFParanaguá. Direitos reservados. Denuncie abusos).

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *