Entrevista com o grafiteiro Thito Lama

 

Thito Lama: grafiteiro e arte-educador

Thito Lama: grafiteiro e arte-educador

 

Desde os 10 anos, o jovem Joseval de Jesus Cardoso, nascido no bairro de Saramandaia, periferia de Salvador, já direcionava seu interesse pela arte, desenhando as capas de seus trabalhos escolares. O nome artístico Thito Lama é uma herança de tempos distintos e que se identificam com suas ideologias.

Aos 14 anos, fez as primeiras pichações. Sua inspiração pelo grafite vem da influência dos escritores Peace e Sisma Costa. Com 26 anos, o grafiteiro e arte-educador Thito Lama, adquiriu experiência, maturidade e muita criatividade. Seus traços com um estilo próprio estão espalhados em vários pontos da cidade. Além das mensagens de cunho social, suas pinturas expressam seus sentimentos e retratam os problemas vividos no cotidiano pela população menos favorecida.

Qual o significado do nome Thito Lama?

Thito significa luta e Lama resistência. Na década de 80, precisamente no ano de 1982, meus tios conheceram um boxeador chamado Thito, residente na cidade de Santo Antonio de Jesus (BA).  Certamente eles acharam o nome interessante e escolheram como meu apelido.   No caso de Lama foi uma escolha minha. A lembrança ainda permanece viva. Nos períodos de chuva, enchentes e alagamentos provocaram transtornos para os moradores de Saramandaia. A lama invadia a nossa casa sujando móveis, roupas e até os meus desenhos.  Para não perder, usava uma mangueira com água retirando a sujeira e depois entendia no chão para secar. A partir de um desses episódios, tomei a decisão de incluir Lama, formando o meu nome artístico.

Você ainda tem esses desenhos?

Não. Dei para os meus amigos. Recentemente, fui procurá-los com a intenção de ter os desenhos de volta, mas, para minha surpresa, eles não quiseram me devolver.

Então esses desenhos devem ser uma preciosa lembrança daquela época. Você concorda?

Pode ser isso! Mas, acredito ter sido pelo fato da resistência e por ter superado vários paradigmas que existem na sociedade brasileira.

Você se considera um desses paradigmas?

Considero-me um jovem da periferia consciente da importância de ser cidadão. De poder contribuir para o meio sócio-educativo, principalmente na comunidade de Saramandaia, onde eu desenvolvo um trabalho social com crianças e adolescentes na ONG Arte Consciente.

Há quanto tempo você está na ONG Arte Consciente?

Tem mais de seis anos. Participam do grupo, eu e mais três amigos. Eles foram ex-educandos do Projeto Axé. Inclusive já fiz parte do Projeto Cidade Mãe.

Quais são as atividades oferecidas pela ONG?

Box, grafite, arte circense, percussão e dança. A idéia surgiu em função do alto índice de violência na comunidade de Saramandaia. Resolvemos montar esse trabalho para poder agregar crianças e adolescentes com talentos no meio artístico, cultural e educativo.  A iniciativa é válida. Dessa forma, nós educadores tentamos quebrar os paradigmas do dia-a-dia: preconceito racial, discriminação e as dificuldades que passam a maioria dos jovens da periferia.  A gente orienta, mostra para eles que existem outros horizontes. Que tem uma saída. Além disso, incentivando-os a cursar uma faculdade e até mesmo disputar um espaço no mercado de trabalho como cidadãos comuns.

Tem obtidos resultados?

Termos conseguido bons resultados. Cito como exemplo, um jovem viciado no uso de drogas e hoje podemos dizer que ele é um vitorioso. Atualmente faz parte da Confederação Baiana de Box e já conquistou dois títulos como campeão baiano. Isso é uma grande vitória. Muitos que passaram pela percussão estão trabalhando e com famílias constituídas. E tem um detalhe importante: a criança ou adolescente só ingressa no programa se estiver estudando e com bom rendimento escolar.

Você foi pichador?

Comecei a pichar com 14 anos de idade. Não tinha nada na cabeça. Não tinha nenhuma perspectiva. Fui pichador numa fase do rock in roll e do skate board. As paredes de bancos e muros de empresas foram os alvos das minhas pichações. Às vezes reagia dessa maneira quando lia uma notícia no jornal comentando sobre uma empresa que demitiu um número de empregados ou então não pagou os salários. Porém, nunca fiz um “picho” em patrimônios públicos, por medo de sofrer repressão.

O skate é o esporte preferido pelos pichadores e grafiteiros?

Na realidade é algo que a gente acaba aderindo. A gente se vê naquilo. É o tipo de esporte mais praticado pela galera. É a cara da juventude.

Quanto você percebeu seus dons artísticos?

Com 10 anos de idade. Passei a criar as capas de meus trabalhos escolares. Gostava muito de reproduzir os personagens da turma da Mônica de Maurício de Souza. Também fiz desenhos de Spider Man, entre outros.

Você teve influência de algum grafiteiro?

Meu olhar foi direcionado para os trabalhos de Peace. Achava ele muito louco! Isto é: no bom sentido. Pra mim, ele foi o precursor do grafite em Salvador. Essa opinião é minha, mas pode ser que outros grafiteiros não concordem. Sisma Costa também me influenciou. Lembro-me que cheguei a participar de um grupo que vendia camisas pintadas com silk-screen nos campeonatos de skate. As minhas estampas eram pintadas com compressor e não com sprays.

Você fazia pintura comercial?

Não. Sempre pintei para expressar a minha criatividade e o meu sentimento. No início usei pinceis, tinta látex e esmalte sintético. Com essa técnica conseguia vários efeitos. Essas pinturas produzidas nas ruas de Salvador despertaram a curiosidade da população, provocando um fato bombástico: quem é esse cara?! Nesse período criei o grupo MRS – Manos Revolucionários de Salvador, formado por Did, Fix e o recém-chegado Dilan, meu ex- aluno na ONG. Nós três fizemos muitos bombardeios pela cidade divulgando a MRS, agregando vários personagens e letrados vazados no papel.

Did: o mais novo integrante da crew MRS

Did: o mais novo integrante da crew MRS

Seus trabalhos na maioria são focados nas questões sociais, a exemplo da fome e da pobreza. Você utiliza os problemas do cotidiano em suas temáticas?

Sim. Eu utilizo muito porque a comunidade negra precisa de mais visibilidade. Na comunidade onde moro, há vários fatores que influenciam essa desigualdade. Então retrato na realidade o que percebo no cotidiano. E se torna uma denúncia. Não tenho espaço na mídia para poder estar fazendo esses protestos. Os espaços públicos são os meios que utilizo para expressar o meu sentimento e a minha visão. A população vai notar. Às vezes você vê uma pessoa no chão sem condições de até se alimentar e não é tão chocante quanto fazer uma pintura na parede. Esse ato chama mais a atenção. Se posso denunciar isso, o spray é a minha arma do bem. Quero mostrar através dessas denúncias o lado bom, o lado positivo, como por exemplo: a inclusão social, educação e a preservação da natureza.  Com isso a sociedade soteropolitana ou brasileira vai percebendo a importância que o grafite tem. O grafite não é só cores e efeitos. São vários fatores. Ou seja, é também, ou melhor, o grafiteiro pode ser um influenciador político. Somos escritores. É o nosso nome que está nas ruas. São nossas idéias. E essas idéias, às vezes muitas pessoas se identificam com elas. Fazem parte do cotidiano delas. Principalmente, os estudantes e os trabalhadores que saem para cumprir suas jornadas de trabalho. Elas se vêem ou podem ver o que vai chamar a sua atenção.

Você faz pesquisas desses temas?

Às vezes faço. Às vezes são inspirações. As principais fontes de pesquisas estão na comunidade onde vivo e nas ruas.

A arte do grafite está sendo bem aceito pela sociedade?

Acho que ainda falta ser valorizado mais pela sociedade. A população de um modo geral passou a aceitar o grafite, porque percebeu a importância dessa arte contemporânea. É uma arte que tem contribuído muito para o meio cultural e educativo. O grafite não é só uma estética. É político. É poético. Tem poesia.

Com esse comportamento da sociedade os escritores de rua estão tendo mais liberdade de expressão?

Volto a afirmar que o grafite não é só estético. É político. É poético. O grafite tem poesia. Então a sociedade passou a aceitar esse tipo de arte. A população tomou conhecimento que o grafite é uma coisa do gueto. A minha liberdade de expressão nunca foi mudada. Eu sempre fiz aquilo que tenho vontade de fazer. E a galera tem o espaço para produzir os seus trabalhos, sem que sejam reprimidos em suas ideologias. É uma arte feita pelos artistas que moram nas periferias.

Essa afirmação não é contraditória. Alguns artistas plásticos e estudantes de arquitetura que não moram em bairros periféricos estão se aproveitando do “boom” do grafite e usando o espaço público para suas intervenções, obviamente buscando maior visibilidade para sua arte. Como você analisa isso?

É notável. A nossa galeria é a rua e muitos deles querem estar nas ruas também. O grafite não ficou exclusivo em Salvador, ou seja, no Brasil. Para mim é a arte do século XXI.

Vários grafiteiros da velha e nova escola estão expondo seus trabalhos em galerias de arte. Em Salvador, foram realizadas duas mostras coletivas nesses espaços. Entretanto, existem outros artistas que preferem suas obras de arte expostas nas galerias a céu aberto. Qual a sua opinião?

Eu não concordo com essa opinião. Acho que tudo evolui. Nunca tive um trabalho meu exposto em galeria de arte. Mas, se tiver uma oportunidade, porque não expor. Esse trabalho será observado por várias classes sociais. Essas pessoas devem nos ver como artistas de verdade. Antigamente o grafite não era visto como arte. Na galeria é valorizado e visto como uma arte contemporânea. Agora, quanto ao fato de estar na rua ou na galeria, para mim na rua é mais interessante. O grafite dialoga mais com o público. Na galeria fica mais restrito e seletivo.

Nas minhas andanças pelas ruas de Salvador em busca de novas intervenções, às vezes encontro você sozinho grafitando seus personagens. Por quê?

Pra mim não faz diferença.  Se tiver mil pessoas pra pintar ao meu lado não tem problemas.

Quando você iniciou no Projeto Salvador Grafita?

Maio de 2006. Completou três anos no Dia das Mães.

Qual a importância do projeto na sua vida?

Tornou-se uma inclusão. Valorizo muito esta oportunidade, porque através do projeto consegui aprimorar as minhas técnicas, a divulgar mais os meus trabalhos, principalmente ser visto como um cidadão de bem, além de melhorar a auto-estima. Poderia ser bem melhor, mas nem sempre tudo na vida pode ser como a gente deseja.

O projeto tem lhe proporcionado oportunidades profissionais?

Tem. Uma coisa liga a outra. Através das pinturas realizadas nas escolas municipais ou em outros locais, surgem diversas propostas de trabalhos particulares. Reconhecimento da população, intercâmbio e troca de experiências com artistas de outros estados e fora do país. Está sendo muito positivo.

A parceria firmada entre a Prefeitura Municipal e o Instituto de Cultura Brasil Itália Europa (ICBIE) com a ONG Arci Solidarietà da Região Emilia Romana – Projeto Oficina de Rua está proporcionando uma série de cursos de aperfeiçoamento para os integrantes do projeto. Você acha que essa iniciativa deverá promover grandes mudanças na vida do grupo?

Claro que teremos bons resultados. No meu caso está sendo ótimo. Estou tendo aulas de italiano, inglês, história da arte, cidadania e computação gráfica.

Hoje qual é sua ligação com trabalhos sociais relacionados com o grafite?

Além da ONG Arte Consciente, participo do “Projeto Mais Educação” da Secretaria de Educação do Governo da Bahia, como educador no programa de oficinas de grafite na Escola Estadual Classe I no bairro do Pero Vaz, sob a coordenação da professora Marlene Borges. O trabalho está sendo uma experiência muito valiosa e gratificante pra mim. São trinta alunos, entre meninos e meninas, interessados em aprender as técnicas do grafite. Considero importante a presença das meninas no grupo. O grafite, hip-hop , rap e o skate podem e devem ser praticados pelas mulheres. E, na verdade, isso demonstra que a arte é para todos e sem distinção de igualdade.

Qual o método que você utiliza para ensinar os alunos?

Tenho um programa de aulas já definido e separado por módulos, com atividades teóricas e práticas. Os módulos são divididos em duas etapas: A primeira com explicações sobre a importância de não pichar o patrimônio público, histórico e privado, origem do grafite, noções sobre história da arte, entre outros, e a segunda, ensino as técnicas de desenho, esboços, uso de canetões e sprays. Também faço dinâmica de grupo com os alunos. Além disso, pretendo durante o curso passar minhas experiências de vida, desenvolver um bom trabalho e ensinar coisas boas para essa juventude.

Para finalizar a nossa entrevista, qual a mensagem você deixa para os jovens.

Quem ama o que faz, entrega o seu coração sem medo de sofrer.

24 comments for “Entrevista com o grafiteiro Thito Lama

  1. Marília
    7 de agosto de 2016 at 00:01

    Meu professor? Meu Deus!

  2. eliana
    14 de julho de 2016 at 14:39

    oi, acho muito legal as entrevistas realizadas com os grafiteiro, é muito bom conhecer o artista por trás da pintura. tem um grafiteiro do interior de SP chamado Stan Bellini que eu que faz uns desenhos muito maneiro pela sua técnica, adoraria vê uma entrevista dele com vcs.

  3. Pedrão da Roça
    24 de maio de 2016 at 12:09

    Eu acho que ficou uma bosta, é muito grande essa entrevista de merda, isso é uma perda de tempo

    • 26 de maio de 2016 at 01:54

      Prezado internauta, certamente que respeito a sua opinião. Entretanto, durante a entrevista procurei conhecer toda a trajettória do artista.

  4. 17 de junho de 2015 at 13:39

    gostaria de saber qual a motivaçao de sua arte ? quais artes ou artistas te inspiram? qual seu horario preferido para grafitar? voce ja sofreu algum preconceito? voce sobrevive de grafite ou outra profissao?

  5. Letícia
    8 de maio de 2015 at 15:26

    Gostaria de saber o local onde a entrevista foi realizada.

    • ???
      11 de maio de 2015 at 14:20

      Dever de português né! Também tô fazendo! ehasuehasue!!!

    • Eriberto Filho
      11 de maio de 2015 at 20:57

      Saramandaia, periferia de Salvador.

    • 13 de abril de 2016 at 22:41

      Saramandaia periferia de Salvador

  6. 23 de abril de 2014 at 19:44

    Muito boa a entrevista gostei muito… Vi através do meu livro POSITIVO que é muito bom e ele coloca todos os suportes de entrevistas e textos… O que é obrigatório muito bonita a ação deles pois estão dentro da lei. Mas no caso da entrevista adorei pois mostra um pouco da realidade do que é grafitar e de que forma a sociedade se comporta.Parabéns ao entrevistador.

    • 24 de abril de 2014 at 06:25

      Joanne, obrigado pelo acesso ao blog e comentários. A ideia é essa mesmo. Na entrevista procuro obter o máximo de informações do entrevistado, a fim de que os leitores (internautas) tenham conhecimento da realidade, desejos, questionamentos, dentre outros pontos de cada um.

  7. 10 de abril de 2014 at 19:31

    adorei a entrevista
    se o entrevistador perguntasse mais saberiamos mais sobre ele

    • 10 de abril de 2014 at 22:20

      Caro Fernando,
      Obrigado pelo acesso ao blog. Com relação a sua observação, esclareço que, na época, procurei obter o máximo de informações do entrevistado.

  8. 10 de abril de 2014 at 19:28

    muy bueno

  9. josue santana (RG mat. de construcão)
    20 de janeiro de 2012 at 06:17

    Ele chegou na minha minha empresa na maior simplicidade oferecendo o seu trabalho, eu como sou desconfiado não acreditei e disse passe aqui outro dia , falei com minha esposa esse cara ´é muito inteligente, decidido, firme ele olhou no meus olhos quando falava comigo. Aí eu disse a ela, vou apostar, apostei e vi o cara é fera ( THITO LAMA)………… Vc pode, vc consegue, vc desenha com ajuda daquele que lhe fortalesse ( JESUS .)

  10. uelinton (blondy)
    15 de março de 2011 at 21:39

    Eu acompanhei a trajetória de Lama, ia pra casa dele pra pegar algumas bases de desenhos, andar de skate e pichar. Pra mim ele é meu idolo no grafite. Vai na fé irmão!

  11. lene
    1 de dezembro de 2010 at 00:13

    Bem, minha forma de expressar o grande orgulho que sinto por esse guerreiro, é amá -lo incondicionalmente a cada dia e adimirando muitíssimo o seu trabalho. Uma pessoa extraordinária, comunicativa, espirituosa, cativante, excelente parceiro e amigo, bom pai, bom marido, enfim… Sou suspeita pra falar desse cara que me ensinou a ter auto-estima e ver a vida de uma forma ainda mais positiva. Guerreiro, saiba que nunca deixarei de amá-lo! Você é e sempre será um vencedor! Que Deus continue lhe abençoando, pois voce é merecedor! Beijos.

  12. Nida Amado
    21 de novembro de 2010 at 09:10

    Lembro-me que quando Thito escutava Rap na sala de nossa casa, eu na faixa de 09 a 11 anos, gritava, chorava e pedia para que ele desligasse o rádio, porque eu queria arrumar a casa… Depois de muitas explicações dele, sobre importância do rap fui percebendo que as letras são interessantes e passei a gostar. Eu morria de raiva quando ele me prometia que ia fazer a capa do meu trabalho da escola e depois sumia, mas até mesmo isso me fez ser, hoje, uma mulher autônoma… ele dizia: hummm essa capa está linda rsrsrs na verdade era pra me mostrar que o meu desenho (todo torto srrsr) era bonito também.

    Thito, foi minha primeira referência, com ele aprendi a lutar e não desistir dos meus sonhos. Mesmo quando ele tinha tudo para ser um jovem sem perpspectiva e sem sonhos. Ele superou as estatíticas!!!

    Axé!!!

  13. Nida Amado
    21 de novembro de 2010 at 09:09

    Lembro-me que quando Thito escutava Rep na sala de nossa casa, eu na faixa de 09 a 11 anos, gritava, chorava e pedia para que ele desligasse o rádio, porque eu queria arrumar a casa… Depois de muitas explicações dele, sobre importância do rep fui percebendo que as letras são interessantes e passei a gostar. Eu morria de raiva quando ele me prometia que ia fazer a capa do meu trabalho da escola e depois sumia, mas até mesmo isso me fez ser, hoje, uma mulher autônoma… ele dizia: hummm essa capa está linda rsrsrs na verdade era pra me mostrar que o meu desenho (todo torto srrsr) era bonito também.

    Thito foi minha primeira referência, com ele aprendi a lutar e não desistir dos meus sonhos. Mesmo quando ele tinha tudo para ser um jovem sem perpspectiva e sem sonhos. Ele superou as estatíticas!!!

    Axé!!!

  14. claudia hartley
    9 de outubro de 2010 at 19:53

    Gostaria de fazer contato com este artista, pois estou precisando dos seus serviços para uma festa. Gostei muito do trabalho dele e não sei como contacta-lo. Se possivel ajudem-me. Grata.

  15. sismacosta
    13 de outubro de 2009 at 10:37

    Aí sang você tem talento e está na perseverança junto com todos nós. Você ja é um grande exemplo irmão.
    Abraço.

  16. Ana Paula
    25 de setembro de 2009 at 09:21

    Nossa! Adorei a entrevista.
    Muito boa!
    Espero ver mais dessas, além de
    ver também uma entrevista com
    pichadores e saber a diferença entre eles.

Deixe uma resposta para Marília Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *